Eu e a Sabrina estamos o tempo todo avaliando nossas fotos e criticando o que deu certo e o que deu errado (a auto-crítica, na nossa opinião, é uma das melhores maneiras para se desenvolver na fotografia).
Resolvemos então enumerar os principais pontos que analisamos na foto para julgar se ela está boa ou não. Abaixo seguem 7 regras que olhamos inicialmente. Toda regra tem sua excessão, porém, primeiro é necessário entender a regra para depois perceber que quebrá-la pode ser interessante.
Matenha o foco
O ponto principal do assunto fotografado deve estar nítido. No caso de pessoas, os olhos devem estar nítidos. Sempre verifique se sua câmera está focando na cara da pessoa mais próxima.
Fotografando pessoas e animais, o olho sempre deve estar nítido e em foco
Fuja do naufrágio com uma âncora
A âncora é um ponto que atrai a atenção de quem está vendo a foto. No caso de um retrato, a âncora é a pessoa sendo fotografada. No caso de uma paisagem, ter uma âncora pode transformar uma foto entediante numa foto interessante. A âncora é primeira resposta para a pergunta: o que te chama a atenção nesta foto?
O barco funciona como âncora e atrai o olhar do espectador, tornando a paisagem mais interessante.
A âncora e a regra dos terços
Imagine um tabuleiro de jogo da velha (#) na foto. No cruzamento de cada traço (temos 4 cruzamentos) encontra-se um ponto importante. Pare de centralizar a âncora e tente posiciona-la em um desses cruzamentos. As fotos ficarão muito mais interessantes!
A Sabrina é âncora da foto (nosso ponto de atenção). Ela não está centralizada no quadro. Ela foi propositalmente movida para o canto e seu olho está posicionado em um dos cruzamentos da regra do terço.
Belo horizonte!
Ao fotografar paisagens, lembre-se da regra dos terços também. Não posicione o horizonte no meio da foto! Escolha o terço superior ou inferior, dependendo do que você quer destacar.
Veja que o horizonte (no caso o mar) começa exatamente no primeiro terço da foto (olhando de baixo para cima). Evite centralizar as divisões entre o primeiro plano e o plano de fundo.
Distrações distraem
Pode parecer óbvio e redundante, mas ao fotografar, às vezes, estamos tão compenetrados no que estamos fotografando que esquecemos de observar o que está sendo capturado no fundo. Evite distrações no fundo como: pessoas passando, objetos cortados ao meio, objetos que possam lembrar chifres nas pessoas fotografadas, lixeiras, etc... Enfim, sempre preste atenção nos dois planos: o principal e o fundo. Um passo pro lado e você pode ter uma foto totalmente diferente.
Distrações: o poste saindo da minha cabeça, as pessoas no fundo e o canhão atirando em mim.
Não trema na base
Brincadeiras à parte, uma foto tremida tira qualquer chance do objeto sair nítido. Muitas vezes a foto sai tremida porque a cena possui pouca luz, e isso exige que a câmera compense aumentando o tempo de exposição. Nesse caso temos duas opções: uma lente mais apropriada ou usar o flash.
Foto tremida devido a baixa luminosidade. A câmera compensou aumentando o tempo de exposição o que tornou impossível bater a foto segurando a câmera na mão.
Barulho, não! Ruído!
Quando se tem pouca luz, a câmera pode compensar isso aumentando a sensibilidade do sensor (conhecido como ISO). O problema é aquela imagem que parece feita por uma câmera de segurança da padaria. O problema é semelhante ao da tremida e, portanto, numa situação desta só um flash ou uma lente apropriada pode te salvar.
Com a pouca luz a câmera subiu o ISO. Apesar de não sair tremida a foto, ela apresenta muito ruído (esse granulado de TV antiga mal sintonizada)